Procuro saber quem sou, apesar de saber que esta pergunta não possui resposta.Procuro, ao menos, tangenciar-me e, se possível, mergulhar dentro de mim mesma na busca de encontrar-me.
Penso com tudo.Penso como quem jamais viu a vida em sua instância, despertado por um desejo voraz de fazê-lo. Pensar jamais foi um crime contra a própria consciência.Pensar é respirar o âmago inescrupúlo dentro de si.Respirar,Respirar é uma pergunta pronta para ser respondida e perguntas respondem melhor que respostas.Resigno a mim mesma na busca de conflitar os ares intrínsecos ao movimento, a colisão da estagnação presente.Ressalto o mar de volupias e insanidades,venenos e constatações para, de fato, recorda-me a mim.Onde fora, pois, que deixei a mim mesma?Exilada no coração dos desvaneios palpitantes.Confinada em minha própria consciência. Sinto o ar percorrer os pulmões inchados, lânguidos e mais rosas que flores primaveris, Incutindo-se sob cada célula, cada tecido,cada razão de ser. O sopro da vida em morte.Tornamo-nos ares inertes, desesperados por libertação. Expire.
"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!"