sábado, 31 de julho de 2010

Antítese Paradoxal




Eu busco perfeição.Por esse motivo dou-me a fraquezas momentâneas e irreais.

Uma completa ilusão que percorre todo o meu ser.Exigo-me demais, com o objetivo de torna-me forte contra todas essas ventanias tempestivas do lado de fora.
No entanto,

Com toda essa busca pela perfeição, torno-me fraca e sou levada por qualquer leve brisa.
Imploro com mão atadas e olhos vendados o que não sou capaz de dizer.Interpreto-me em outras pessoas.Mas nessa constante busca por me encontrar, me perco.
Me perco nos tantos caminhos chamados eu.E me encontrar no meio de todo esse labirinto da existência me desgasta, me fere.
Busco reflexos, quando na verdade deveria procurar por espelhos.Reflexos que não são meus.
E toda esse âmbito por perfeição me leva a apenas um único caminho, O retrato perfeito da imperfeição.
Sinto-me como uma música não cantada, uma partitura sem harmonia, um pássaro sem asas, um oceano sem vida, um céu sem estrelas, um dia sem sol.
Uma noite sem lua, uma brisa sem ter a quem tocar levemente, um violino sem corda, um arco-íris sem cor.
Batidas rítmicas que sinto no peito, por agora, doem.Luzes intensamente brilhantes que procuram mostrar-me a verdade do ser, afundam-me em mim mesma.
Eu, de verdade, quero compreender todo esse mundo que me cerca, analisar cada pensamento, observar cada ação, olhar pela janela da vida e não ver com indiferença
apenas mais algumas pessoas lá fora. Quero olhar profundo.Não quero ver, Eu quero sentir.
Eu, de verdade, quero comprender o mundo lá fora, Entretanto, preciso primeiramente compreender o lado interno que me correm as veias.Compreender meus
próprios âmbitos, sofrimentos, dons.Desenhar meu próprio mundo, com minhas próprias mãos, pintar sobre meu céu cinza ,obliquo e incerto, um acolhedor céu azul.
Para depois compreender pessoas, afetar vidas, observar mundos e pintar céus.